Fórmula E estreia 11° temporada em São Paulo com calor, emoção e intensidade
- Bianca Emisa
- 7 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 18 de mar.
Na abertura da temporada no Anhembi, a categoria elétrica surpreendeu o público com ultrapassagens ousadas, momentos históricos e a estreia do Gen3 Evo

o E-Prix de São Paulo foi uma verdadeira montanha-russa de emoções que consolidou o potencial da Fórmula E para redefinir os limites do automobilismo (Foto: Simon Galloway/LAT Images/Fórmula E/Divulgação )
A Fórmula E, que ainda busca firmar sua posição no cenário do automobilismo, mostrou em São Paulo por que pode ser tão emocionante – ou até mais – do que a Fórmula 1. Com carros que já ultrapassam a velocidade máxima dos monopostos da categoria tradicional, a estreia da 11ª temporada no último sábado (7/12), no Anhembi, foi repleta de reviravoltas e marcada por feitos históricos, acidentes impactantes e a estreia do impressionante Gen3 Evo, atraindo um público de 21 mil pessoas, conforme dados oficiais.
A corrida trouxe um dos momentos mais impressionantes da história da Fórmula E. Mitch Evans, da Jaguar, largou da última posição no grid após enfrentar problemas na classificação, mas desafiou todas as adversidades e conquistou uma vitória épica. Sua jornada de superação foi acompanhada de perto por Antonio Félix da Costa, que não desistiu até a última volta e garantiu o segundo lugar com sua Porsche, e pelo jovem Taylor Barnard, que entrou para a história ao se tornar o mais jovem piloto a subir ao pódio da categoria, terminando em terceiro.
O E-Prix de São Paulo não economizou em drama. Logo na segunda volta, um forte acidente entre Jake Hughes (Maserati) e Nico Müller (Andretti) trouxe o safety car à pista, destacando a importância dos dispositivos de segurança.

Acidente de Pascal Wehrlein, piloto da Porsche no E-prix de São Paulo
A prova foi marcada por outros incidentes, incluindo um acidente grave entre Pascal Wehrlein (Porsche) e Nick Cassidy (Jaguar), que resultou no capotamento do carro do piloto alemão. A gravidade do acidente trouxe à tona a importância do halo, dispositivo de segurança que já salvou inúmeras vidas no automobilismo. Por rádio, o piloto afirmou à equipe que estava bem e, após o carro ser revirado, saiu caminhando do carro. António Félix da Costa, segundo colocado na corrida, destacou a relevância do equipamento em entrevista:
"Desde que temos o halo em todas as categorias, vimos vários acidentes onde ele salvou vidas. É incrível pensar como corríamos sem ele antes."
Outro ponto alto foi a ascensão de Taylor Barnard, que, aos 20 anos, escreveu seu nome na história como o piloto mais jovem a subir ao pódio da Fórmula E, ocupando o terceiro lugar. A juventude do estreante reflete o espírito inovador da categoria e sua capacidade de atrair novos talentos.
Porém, nem todos os destaques foram positivos. Lucas Di Grassi, o brasileiro que estreava na Lola Yamaha, enfrentou problemas técnicos que o tiraram da disputa, enquanto Robin Frijns nem chegou a largar devido a falhas em seu carro. Jake Dennis (Andretti), que fazia uma corrida promissora, também abandonou após uma falha mecânica, e Oliver Rowland (Nissan) viu suas chances de vitória evaporarem com uma penalidade por excesso de uso de energia.

Box de Lucas de Grassi em sua estreia pela Lola Yamaha
Apesar dos contratempos, a Fórmula E entregou uma corrida intensa e imprevisível, com o público vibrando a cada momento decisivo. A introdução do Gen3 Evo trouxe uma nova dimensão à categoria, prometendo mais velocidade e eficiência. Com oito voltas adicionais devido às bandeiras vermelhas, o E-Prix de São Paulo foi uma verdadeira montanha-russa de emoções que consolidou o potencial da Fórmula E para redefinir os limites do automobilismo.
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